UMA ONDA de grandes oportunidades se apresenta para a indústria naval no país. Quarto maior mercado mundial em encomendas para o setor, geradas principalmente pela Petrobras e por sua subsidiária em logística, a Transpetro, o Brasil só perde para os países que mantiveram ao longo de décadas a tradição no desenvolvimento dessas atividades, como China, Coreia e Japão, mas implementa esforços para imprimir uma nova realidade ao setor. Isso inclui exigências de construção local de equipamentos com conteúdo nacional comprovado, intencionando formar uma base industrial mais sólida nos próximos anos.
“O potencial para a realização de negócios no Brasil é grande e as perspectivas são muito promissoras”, afirmou Michael Fine, gerente da NavalShore – Marintec South America 2012. Anona edição da feira e conferência da indústria naval e offshore acontece de 1º a 3 de agosto, no Centro de Exposições SulAmérica, no Rio de Janeiro, sob a organização e promoção da UBM Brazil, e promete muitas novidades.
A primeira está na grande adesão de expositores considerados líderes mundiais no setor e que já participam de eventos congêneres promovidos pela UBM ao redor do mundo, como a Marintec China e a Sea Japan. Realizada bienalmente em Xangai, na China, em anos ímpares – a próxima será em 2013 –, a Marintec China é considerada a segunda maior feira mundial dedicada aos setores naval e marítimo, enquanto a também afamada Sea Japan, no Japão, com realização anual, capitaliza investimentos para a expansão naval no outro lado do mundo.
Neste ano, também os esforços de internacionalização do evento renderam melhores resultados: cinco pavilhões estarão dedicados às comunidades empresariais da Noruega, Japão, Alemanha, Argentina e Holanda.
No pavilhão da Noruega, entre as presenças confirmadas, estão a Tamrotor Marine Compressors AS, Sperre Industri AS, Innovation Norway, STX OSV Electro AS, Eltorque AS, Clayton Scandinavia e Sperre AS.
No pavilhão dedicado à Alemanha, a RWO GmbH – Marine Water Technology, DWT Handelsgesellschaft für Druck-Werkzeug-Technik mbH, Fritz Barthel Armaturen GmbH & Co., Germanischer Lloyd, Wtsh, Minimax GmbH & Co. KG, G. THEODOR FREESE GmbH & Co. KG e AHKRio. No pavilhão reservado ao Japão, a Mitsubishi Heavy Industries, Kawasaki Heavy Industries, Yanmar Co., Tanabe Pneumatic Machinery Co., Nakashima Propeller Co., Fuji Trading Co., Daihatsu Diesel Mfg. Co., Japan Ship Machinery and Equipment Association e Sasakura Engineering Co.
A Federación dela Industria NavalArgentina, Astilleros Paraná Port S.A., Unidelta S.A., El Ateneo S.A., Cámara Santafesina dela Industria Naval, Astillero Naval Federico Contessi y Cia. SA,La Pasteca- Soluciones Navales SR, Tecnopesca Argentina SRL, Astillero Río Santiago e Tandanor Saci Y N serão os destaques no pavilhão da Argentina.
Um mês antes da realização da NavalShore 2012, os organizadores já registravam a presença de 350 expositores nacionais e internacionais, 50 deles estreantes na feira, somados a 17 delegações estrangeiras e a profissionais procedentes de mais de 40 países que, ao longo dos três dias de evento, levam a estimar a presença de mais de 15 mil visitantes.
Pavilhão para estaleiros – Uma das mais importantes iniciativas tomadas na nona edição é a criação de um pavilhão especialmente dedicado aos estaleiros brasileiros, com o apoio da Abenav e do Sinaval. Os estaleiros EISA Alagoas S/A, EISA S/A, Mauá, Top Boats, TCE e Sea Port já confirmaram presença.
“O nosso principal público-alvo são os estaleiros e sua participação é fundamental e enriquecedora sob todos os aspectos, estimulando os negócios e a troca de experiências, contribuindo, assim, para melhorar a eficiência e a produtividade da construção naval em franco desenvolvimento no país”, considerou Fine.
Outras grandes novidades desta edição estão no lançamento da Conferência WorkBoat South America, a ser realizada no dia 3 de agosto, das 14 h às 17h30, na sala 4, segundo pavimento (veja programa), e a realização de workshops técnicos (veja também programa) abrangendo temas de grande interesse do setor, como análise de riscos e técnicas de soldagem.
“Há quinze anos, o setor naval brasileiro empregava menos que 2 mil trabalhadores, e hoje já emprega 60 mil, mas irá precisar de 90 mil a 100 mil profissionais capacitados para atuar em várias áreas, como soldagem, para atender às demandas futuras”, comentou Fine.
Neste ano, serão mais de 11 mil m² de área de exposição reunindo as últimas novidades em produtos e serviços para construção e reparo naval, equipamentos e suprimentos para estaleiros, além de soluções para o setor de petróleo e gás.
Os visitantes da Navalshore 2012, em sua maior parte executivos das companhias marítimas e estaleiros, de acordo com a lista de renomados expositores, deverão encontrar na feira o que há de mais moderno nas áreas de design de navios, arquitetura e engenharia naval, fornecimento de navipeças e serviços, navegação, rádio e telecomunicações, estaleiros de construção e de reparo, tecnologias da informação, empresas de seguros e bancos, gerenciamento logístico, fornecimento offshore, armadores e empresas de navegação e inspeção, além de poder ampliar contatos com associações representativas e órgãos do governo.